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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Expocrato traz pesquisa que amplia acesso a cavalos de boa linhagem

Pesquisadores do IFCE apresentam projeto em estande do evento.
Ideia é baratear os custos para adquirir cavalo a partir de cruzamento.

Elias BrunoDo G1 CE, no Crato
Pesquisadores do Curso de Zootecnia na Expocrato (Foto: Elias Bruno / G1)Pesquisadores do Curso de Zootecnia na Expocrato (Foto: Elias Bruno / G1)
Um grupo de pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Crato (IFCE), no interior do Ceará, apresentou um projeto de cruzamento de cavalos que visa criar uma nova raça de equino e ampliar o acesso de pequenos criadores a cavalos de boa linhagem. A equipe está com um estande montado na Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato), que vai até domingo (19), no Parque de Exposições Pedro Felicio Cavalcanti.
No experimento, os alunos cruzam um cavalo da raça Bratão, de origem francesa e conhecido por ser dócil e usado em filmes antigos como puxadores de carruagens  com as éguas SRD, de raça mais leve, geralmente voltada para formação de mestiços. O resultado seria a raça "Pirraça", que traria um aprimoramento genético, incrementando mais resistência, mais docilidade e um menor custo de manutenção ao novo animal.
O professor do curso de zootecnia do IFCE Crato e coordenador da pesquisa, Kael Rocha, explica os impactos diretos do experimento para a agricultura familiar. "Com essa nova espécie, vamos ter uma raça legititamente nordestina, adaptado a nossa realidade. Por ele ser mais rústico, é mais barato e terá uma comercialização maior. Hoje, criar cavalo é caro no Brasil, um animal meio sangue como que nós estamos produzindo custaria cerca de R$ 5 mil a R$ 10 mil e agora sai de graça. Com esse produto, é possível baratear o custo dele e assim torná-lo mais acessível", afirma.
O experimento está em fase de testes e alguns resultados de cruzamentos passam por adaptação e acompanhamento dos pesquisadores. Os criadores da região do Cariri podem procurar gratuitamente o curso de zootecnia do IFCE Crato e levar a égua para avaliação dos pesquisadores, junto com os exames de corpo e de anemia do animal.

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